O “Financial Times” publica hoje a reportagem “Mercados emergentes tomam parcela maior de IPOs”, destacando que três das dez maiores aberturas de capital nos últimos três meses foram dos “emergentes Brasil, Malásia e México, em mais um sinal da mudança na atividade econômica”. Depois do IPO do Facebook, o maior foi o da empresa malaia de agronegócio Felda. Na reportagem enviada de Hong Kong, a China, o jornal britânico observa:
Londres, um dos mercados de capital mais antigos e desenvolvidos do mundo, não conseguiu sequer entrar na lista de cinco maiores destinos de IPOs _e nenhum dos dez maiores IPOs aconteceu na capital britânica.
De sua parte, o “New York Times” noticia “o baby boom das start-ups do Brasil”, em trocadilho com o nome das brasileiras Baby e Bebestore, que levantaram financiamentos adicionais de US$ 16,7 milhões e “mais de US$ 10 milhões”, respectivamente, de fundos de “venture capital” como Accel e Tiger Global (Baby) e o londrino Atomico (Bebestore):
Mesmo com a economia no geral desacelerando no Brasil, o comércio eletrônico segue atraindo investidores, encorajando as start-ups do país a pisar no acelerador.
O “FT” acrescenta que o brasileiro Hugo Barra, diretor de produto do Google, ao anunciar anteontem o tablet Nexus 7, sublinhou que o crescimento no consumo de smartphones e tablets “é particularmente rápido em emergentes como Brasil, Índia e Indonésia“.
Na mesma direção, o “China Daily” entrevista Paola Subacchi, diretora de economia internacional do think tank Chatham House, de Londres, que falaria depois a autoridades do banco central e da comissão de valores mobiliários da China. Ela recomenda ampliar reformas financeiras e buscar “mais conexões com os colegas Brics, Brasil, Rússia, Índia e China”.
E a Reuters, por “New York Times” e outros, noticia de Mendoza, na Argentina, que o Mercosul decidiu não impor sanções econômicas ao Paraguai e, na cúpula deste fim de semana, “se volta para a China“. Por enquanto, segundo uma autoridade brasileira, não deve ir além de uma “declaração genérica” em resposta à proposta do primeiro-ministro Wen Jiabao de um acordo de livre comércio com o bloco.
Por outro lado, ainda ecoam duas más notícias do Brasil, com o “FT” publicando relato sobre a inadimplência nos empréstimos para compra de veículos. Ouve que a ampliação da proporção do crédito no PIB “indica problemas” no futuro, segundo a Capital Economics; mas também que é resultado do progresso econômico na última década e, na verdade, há espaço para crescer mais, segundo o Itaú BBA.
“WSJ” e “FT” também prosseguem no noticiário sobre o “massacre” das ações de Eike Batista, que poderia até “perder o título de mais rico do Brasil”.