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Nos Brics, moedas perdem valor, risco aumenta etc. Mas eles seguem comprando a Europa

Por Nelson de Sá
27/06/12 12:12

O “Financial Times” informa que o banco Standard Chartered é mais um “a alertar para o impacto do declínio das moedas nos mercados emergentes”. Do jornal:

As quedas dramáticas são movidas pela fuga para o dólar americano, devido à crise no euro. Mas há também temores crescentes sobre o desempenho declinante nos porta-bandeiras emergentes, os Brics. Os investidores parecem ter decidido que desta vez a China e os outros Brics não podem religar a economia mundial como fizeram em 2008. David Bloom, chefe de estratégia cambial do HSBC, diz: “Acho que as pessoas estão revendo toda a experiência Brics”. Sebastian Barbe, chefe de pesquisa de mercado emergente do Credit Agricole, diz: “As pessoas estão olhando os emergentes e dizendo que vem aí uma nova normalidade [new normal], estão tentando precificar a nova normalidade”. Para a China isso poderia significar um crescimento de 7%, em vez de 10%.

O tom é semelhante na BBC, “moedas dos Brics veem maiores quedas em 15 anos“; no site financeiro StreetInsider, “maré está baixando nos Brics”; e na agência Bloomberg, “Brics [ecoando bricks, tijolos] estão rachando?“.

A revista “Euromoney” analisa longamente o desempenho dos Brics, a partir de seu próprio índice de risco, Euromoney Country Risk Survey (ECR), ouvindo 42 especialistas. Os Brics tiveram “risco ampliado durante o último ano”, sobretudo Índia, que agora se aproxima da Rússia como “mais arriscado”. A China é o “menos arriscado”, mas “só um nariz à frente do Brasil”, que “provou ser o mais resistente” no índice.

“Acrescentando-se aos temores de que os principais mercados emergentes caminham para uma desaceleração mais profunda”, publica o “FT”, a inadimplência bateu recorde em maio no Brasil. Porém o mesmo “FT” tratou de lembrar, há pouco no site:

Poucos devem ter notado que hoje foi um dia histórico no crédito brasileiro. Pela primeira vez, o total dos débitos superou o equivalente a metade do PIB, no fim de maio, 50,1% contra 45,7% um ano antes. É um marco importante, num país que já foi sedento por crédito devido à inflação. Menos auspiciosamente, a inadimplência também atingiu recorde, com os empréstimos atrasados mais de 90 dias chegando a 6%, alta de 0,1 ponto no mês. Sinal, talvez, de que a expansão do crédito pode ter vindo muito rápido?

Por outro lado, o mesmo “Financial Times” destacou ontem, em uma série de reportagens, que os “emergentes tiram o talão de cheque” e saem às compras de empresas europeias, com “negócios de alto perfil”. Destaca aquisições chinesas, como a da alemã Putzmeister pela Sany, mas também a recente compra da portuguesa Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa.

A onda de más notícias sobre os emergentes também não reduz as análises que, ao menos nos próprios emergentes, apontam para o crescente poder dos Brics no cenário internacional.

No próprio “FT”, dois pesquisadores do think tank indiano Gateway House, Neelam Deo e Akshay Mathur, escrevem que os “Brics são reféns do Ocidente” em temas como as sanções ao Irã “e precisam urgentemente organizar instituições de benefício econômico mútuo”, não mais “dominadas pelo Ocidente”. No indiano “Economic Times”, Mukul Sanwal, que chefiou a delegação da Índia na Rio 92, destaca que, com sua atuação na Rio+20, “Brasil, China e Índia mudam o jogo da governança global“. Passaram a “moldar a agenda global”.

No “Gulf News”, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o jornalista Faisal Al Qasim pergunta se “Os Brics vão mudar a ordem mundial?” e responde que sim, “pode demorar, mas vai chegar o dia em que o bloco terá voz substancial no modo como o mundo é administrado”.

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Sem Paraguai, o Mercosul de Brasil, Argentina e Uruguai se abre para a China. E a Venezuela

Por Nelson de Sá
27/06/12 10:56

O estatal “China Daily” destaca a proposta feita pelo primeiro-ministro Wen Jiabao a Brasil, Argentina e Uruguai, de um acordo de livre comércio com o Mercosul, sem menção ao Paraguai. Ouve as reações positivas dos três presidentes, começando por Dilma Rousseff. O jornal publica também um editorial louvando que todos desejam “cooperação pragmática em comércio“.

No “Valor Econômico”, “Sem Paraguai, Mercosul pode absorver Venezuela“:

A suspensão do Paraguai no Mercosul levará Brasil, Uruguai e Argentina a aprovar, na reunião de cúpula que começa amanhã, uma resolução para permitir a entrada em vigor de decisões aprovadas apenas pelos três. A medida, a ser tomada para evitar a paralisação do grupo, pode resultar na aprovação definitiva da Venezuela como sócio pleno do Mercosul. Segundo informações vindas da Argentina, o governo brasileiro parece disposto a sancionar a medida. A entrada da Venezuela, aprovada há seis anos em uma cúpula, foi proposta original de Uruguai e Argentina para contrabalançar o peso do Brasil. Aprovada nos Congressos dos três, aguardava o Senado paraguaio, que resistia.

Também por Terra etc.

Quanto ao Paraguai, o “Financial Times” noticia que a venda de US$ 200 milhões em títulos pelo Banco Continental Paraguay “é a primeira vítima do vazamento da crise política para a comunidade de investimento”.

Por outro lado, a Associated Press informa que o Departamento de Estado dos EUA diz estar “em consultas com uma ampla gama de nossos parceiros na OEA” para decidir “qual será nossa reação, junto com nossos parceiros“. O despacho anota que os presidentes de Colômbia e Honduras, dois “parceiros”, o segundo “eleito cinco meses” após um golpe, até criticam a falta de tempo para o presidente derrubado fazer sua defesa “legítima” no Paraguai, mas aceitam o resultado e falam só em “tentar adiantar as eleições”.

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China defende acordo de livre comércio com as "economias complementares" do Mercosul

Por Nelson de Sá
27/06/12 08:28

Edições: NYT/réplica/Nm/móvel, CD/Nm/móvel, WSJ/Nm/móvel e FT/réplica/móvel. Sites: NYT, CD, WSJ/WSJ em português e FT.

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Rupert Murdoch, tigre de papel

Por Nelson de Sá
26/06/12 16:11

O “Wall Street Journal” deu o furo hoje sob o enunciado “News Corp. estuda se dividir em duas“, com entretenimento de um lado, estúdios e TVs inclusive, e imprensa de outro, “WSJ” inclusive. O jornal deu também vídeo, analisando ser resultado do escândalo dos grampos do tabloide “News of the World” em Londres, mas principalmente:

A ideia está no ar há bastante tempo, em parte porque muitos investidores da News não gostam de possuir ativos de imprensa, de maneira geral, que não é exatamente o negócio de maior perspectiva de crescimento no mundo moderno.

O londrino “Guardian”, que revelou o escândalo, abriu “live blogging“, com a confirmação da News de que estuda a divisão. Autor da biografia do magnata, Michael Wolff escreve, sob o título “Divisão torna Rupert Murdoch um tigre de papel“:

O que será dos jornais? Eles tiveram um pequeno lucro no ano passado. Com o fechamento do “News”, um dos maiores faturamentos, e a queda contínua na circulação e na publicidade, pode-se esperar que o lucro desapareça quase imediatamente. Isso vai deixar expostos os grandes buracos de dinheiro: “NY Post”, “Times” de Londres e “Wall Street Journal”. As perdas conjuntas podem chegar a US$ 250 milhões.

No “New York Times”, com ironia, “Editores ansiosos chegam a NY para discutir divisão“.

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De olho no consumidor brasileiro, negócio global da cocaína avança sobre a Amazônia peruana

Por Nelson de Sá
26/06/12 13:52

Em vídeo e na submanchete do “Wall Street Journal”, com o mapa ao lado, longa reportagem do correspondente John Lyons informa que um relatório das Nações Unidas a ser divulgado hoje destaca que o “negócio global da cocaína” penetrou fundo na Amazônia peruana, “perto da fronteira com o Brasil”. Segundo dados, “os traficantes estão se adaptando ao consumo em queda nos EUA avançando sobre novos mercados como o Brasil“.

Recentemente, “paramilitares colombianos” também avançaram na região, cobrando “imposto” dos indígenas que vendem folhas de coca. Segundo o brasileiro Sérgio Fontes, que comanda a Polícia Federal no estado do Amazonas, “agora o que você tem lá são basicamente fazendeiros pobres plantando coca, mas, se deixarmos isso continuar por muito tempo, um dia vamos voltar e descobrir que grupos equipados para guerra entraram e será difícil tirá-los de lá”.

Por outro lado, no final da semana a Associated Press noticiou, por “Washington Post” e outros, que a principal autoridade da Bolívia no combate ao tráfico, Felipe Caceres, creditou “drones brasileiros“, veículos aéreos não tripulados, por uma série recente de operações bem-sucedidas contra o comércio de cocaína no país _como a destruição de mais de 240 laboratórios no estado de Santa Cruz, “na fronteira com o Brasil”.

Segundo a agência, “o Brasil se tornou um importante aliado para a Bolívia no combate ao tráfico depois que ela expulsou os agentes antidrogas dos EUA em 2008”.

Ao fundo, o “New York Times” e agora também a AP vêm noticiando a “agressiva” estratégia americana de combate ao tráfico em Honduras. Operações conjuntas da DEA (Drug Enforcement Administration) com militares hondurenhos levaram à morte de quatro civis inocentes em maio, inclusive duas grávidas, e de um homem no último sábado, este reconhecidamente baleado por um agente americano.

Há dois meses, como destacou o mesmo “NYT”, soldados e drones americanos, de saída do Iraque, foram enviados para operações no país, na região dos índios Miskito ou Mosquito.

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No Mercosul, sai Paraguai, entra a China

Por Nelson de Sá
26/06/12 12:10

Enquanto o Paraguai cria ruído para o bloco, a “China está interessada num acordo de livre comércio com o Mercosul“, noticia a Associated Press, por “New York Times” e outros. Foi o que declarou o primeiro-ministro Wen Jiabao, ontem ao lado da presidente argentina, Cristina Kirchner, e também, em vídeo-conferência, da brasileira Dilma Rousseff e do uruguaio Jose Mujica. O acordo “poderá ser discutido na cúpula do Mercosul” no fim de semana.

A AP anota que o Paraguai já “não tem relações diplomáticas com a China, porque reconhece Taiwan”, um dos poucos países do mundo a fazê-lo.

O “China Daily” também noticia a passagem de Wen por Buenos Aires, dizendo que ofereceu à Argentina um acordo de “comércio direto” de produtos agrícolas e pecuários. Mas Zhou Zhiwei, especialista em estudos brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, observa que os atritos comerciais entre China e Argentina vêm crescendo.

De São Paulo, Chen Weihua, que edita a versão americana do “China Daily”, escreve no artigo “Visita do premiê é sinal de relações próximas com a região”:

É indicação clara de que vão ganhar nova força, especialmente em comércio e investimento. Em 2011, o comércio da China com a América Latina saltou 31,5% e ela se tornou o maior parceiro de Brasil e Chile e o segundo de Argentina, Peru e Venezuela. Além disso, fechou acordos de livre comércio com Chile, Peru e Costa Rica. Shelly Shetty, diretora de América Latina da agência de classificação Fitch, de Nova York, diz que “países que exportam para a China, como Brasil, Chile, Peru e Uruguai, e países que recebem empréstimos chineses, como Venezuela e Equador, se beneficiaram claramente”.

Ao fundo, o “Miami Herald” publica na submanchete que um juiz da Flórida, a pedido da Odebrecht, bloqueou a lei que impede contratos estaduais com empresas que tenham negócios com Cuba. A empreiteira brasileira, que realiza “alguns dos mais visíveis projetos da Flórida, como o centro de artes Adrienne Arsht de Miami”, também realiza a expansão do porto cubano de Mariel. A Odebrecht argumentou, ao questionar a lei, que ela impediria sua participação em licitações de US$ 3,4 bilhões na Flórida, neste ano.

O juiz justificou sua decisão dizendo tratar-se de questão de política externa, que nos EUA cabe exclusivamente à união, não aos estados. Também via AP.

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Paraguai enfrenta impacto econômico e isolamento até do EUA, após impeachment relâmpago

Por Nelson de Sá
26/06/12 11:22

“New York Times“, “Wall Street Journal” e “Financial Times” seguem na cobertura do Paraguai, onde o ex-presidente Fernando Lugo agora quer o cargo de volta _depois do “julgamento arranjado às pressas”, segundo o “NYT”, ou do “julgamento relâmpago”, segundo “WSJ” e “FT”.

Os jornais focam o impacto econômico da suspensão do Mercosul, “o bloco comercial dominado pelo Brasil”; do corte do petróleo pela Venezuela, que responde por 30% do fornecimento do Paraguai, que “pode ser atingido duramente”; e da reação da agência de classificação Standard & Poor’s, que pôs o país em alerta de rebaixamento, dizendo que “a mudança abrupta na liderança política e em posições econômicas chaves levanta incerteza”. Do “FT”:

A saída de Dionisio Borda, que se mantém fiel ao ex-presidente, é má notícia. Ele era visto como uma mão segura e, tendo servido como ministro das finanças tanto sob Lugo como sob Nicanor Duarte, o predecessor, era creditado amplamente com o renascimento econômico do Paraguai durante a última década. [Em seu lugar entrou] Manuel Ferreira, apoiado por fazendeiros e industriais.

Outra má notícia econômica para o Paraguai é que a mineradora britânica Rio Tinto, que tem um plano de US$ 4 bilhões para o país, divulgou ontem estar “avaliando com cuidado todos os aspectos” do projeto, ainda “em estágios muito iniciais”.

A Reuters acrescenta que o Departamento de Estado dos EUA declarou estar “bastante preocupado quanto à velocidade do processo usado para este impeachment”. Ele “parece ter seguido processo, mas nossas preocupações têm a ver com a velocidade e se foi respeitado o processo justo”. Na mesma linha, o governo conservador do Chile questionou o impeachment, dizendo que “o processo, que é legal, se transformou num processo ilegítimo”.

De sua parte, o governo empossado disse em nota que o Mercosul “abusou de sua autoridade” ao suspendê-lo da cúpula do fim de semana. Segundo o “NYT”, “alguns na elite econômica fazem piada com a legitimidade do Mercosul”, como Eduardo Felippo, presidente da União Industrial Paraguaia, a uma TV: “De que Mercosul você está falando? Isso dificilmente nos afetará”.

O jornal atribui essa atitude “desafiadora” ao isolamento do país, sem acesso ao mar, e lembra que “a longa ditadura de Alfredo Stroessner, que comandou de 1954 a 1989, tornou o Paraguai um porto seguro para criminosos de guerra nazistas, inclusive Josef Mengele”.  O ex-vice, agora presidente, Federico Franco, se justificou a uma rádio:

Se o vice-presidente não tivesse concordado com o processo, teria havido uma guerra civil.

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União Europeia planeja reescrever orçamentos, mirando países que rompem regras sobre dívida

Por Nelson de Sá
26/06/12 08:31

Edições: NYT/réplica/Nm/móvel, CD/Nm/móvel, WSJ/Nm/móvel e FT/réplica/móvel. Sites: NYT, CD, WSJ/WSJ em português e FT.

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A taiwanesa HTC desiste das vendas no Brasil, mas as chinesas Lenovo e ZTE vêm aí, com fábricas

Por Nelson de Sá
25/06/12 13:32

O “Wall Street Journal” noticia o fechamento do escritório da taiwanesa HTC em São Paulo, “que supervisionava vendas e distribuição na América Latina”, para “focar em outros emergentes, como China, onde os segmentos de preço médio para alto, alvos prioritários da HTC, têm mais espaço para crescer”. Em vídeo no site do “WSJ”, de Hong Kong:

O Brasil é seguramente um mercado de crescimento muito rápido para smartphones. Por que a HTC está saindo?

Todo mundo está com os olhos voltados para o Brasil. Concorrentes da HTC, Lenovo e ZTE estão procurando instalações para fabricação. Essa operação específica da HTC era de vendas e distribuição, portanto eles não estavam mesmo fabricando lá, mas é um sinal de que a HTV está realmente tendo dificuldade para ganhar terreno no mercado de smartphones. Se você olhar para o mercado de smarphones agora, há vencedores claros e perdedores claros. O campo vencedor é na verdade de Samsung e Apple, com o domínio em fatia de mercado. As empresas que estão se debatendo são Nokia, HTC e RIM.

No mercado de tablets, a Microsoft apresentou o Surface, elogiado por “New York Times” e outros por conseguir “o impossível”, criar um produto que pode concorrer com o iPad, da Apple. Este “sofre de defeito claro: é difícil de ser usado para criação”, para escrever, o que o Surface resolve com o teclado na capa. Como era de esperar, o autor da crítica, Nick Bilton, foi chamado de “idiota, estúpido e, bem, outras coisas“, conta ele.

Mas a concorrência só faz crescer, não tem jeito. O Gizmodo acaba de postar as primeiras imagens do Nexus 7, o tablet do Google.

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Paraguai e a longa história de ditaduras

Por Nelson de Sá
25/06/12 11:29

Abrindo a reportagem “No Paraguai, o julgamento rápido demais da democracia“, com a foto acima, de Marcos Brindicci, no “New York Times” de domingo:

No espaço de umas poucas horas na sexta, o Senado do Paraguai reuniu seus membros, leu uma lista de acusações e pôs o presidente Fernando Lugo em julgamento. Rejeitando seu pedido de mais tempo para montar sua defesa, os senadores abruptamente votaram para retirá-lo do cargo, estimulando um debate feroz através da América Latina sobre a fragilidade das instituições democráticas numa região com longa história de ditaduras.

Também o “Wall Street Journal” publica hoje destacando a reação dos “vizinhos“.

Nenhum dos dois jornais nacionais americanos registra as primeiras reações dos próprios EUA, que ainda não condenaram o golpe.

No rescaldo da Rio+20, o “NYT” publicou no domingo que houve “avanço nas bordas”. Abrindo a longa reportagem de Simon Romero e John Broder:

Sob o peso das baixas expectativas, emaranhada pelo congestionamento sem fim e evitada pelo presidente Obama, a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU terminou como começou, sob uma nuvem paralisante de críticas. A organização antipobreza Care chamou o encontro de “nada mais que um jogo de palavras político” e o Greenpeace disse que foi “um fracasso de proporções épicas”. O grupo ambiental Pew foi um pouco mais caridoso: “Seria um erro chamar o Rio de um fracasso, mas para uma reunião que acontece uma vez por década, com tanto em jogo, ficou longe de ser um sucesso”.

Porém, enquanto o acordo de 283 parágrafos da cúpula, chamado “O Futuro que Queremos”, carece de compromissos obrigatórios sobre mudança de clima e outros desafios globais, o resultado reflete grandes mudanças de poder ao redor do mundo. Elas incluem uma nova assertividade das nações em desenvolvimento nos foruns internacionais e uma capacidade crescente das organizações e das corporações para moldar a ação ambiental efetiva sem a bênção dos governos.

O governo Obama não ofereceu grandes gestos públicos aqui, optando por focar projetos de desenvolvimento de menor escala, como fogões, e projetos locais de energia.

Curiosamente, o estatal “China Daily” vai pela mesma linha, proclamando que a Rio+20 marcou “o início da governança de baixo para cima“, com “as pessoas se preparando para forçar os líderes governamentais à ação”, a partir de agora.

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