Brasil quer mais voz no FMI antes de dar recursos. Europeus esperam para ver o que a China quer
13/06/12 09:58Por “China Daily” e “New York Times“, a Reuters noticia que o Brasil, a uma semana da cúpula do G20, avisa que poderá limitar o aumento no financiamento adicional ao FMI se não receber garantias de maior voz aos emergentes nas instituições multilaterais, como o próprio fundo e o Banco Mundial. De uma “autoridade brasileira” anônima:
Estamos frustrados porque vemos que países que sabem que vão perder influência estão resistindo [à reforma]. O montante de recursos adicionais continua aberto, podem ser mais ou menos de US$ 10 bilhões.
Já uma “fonte europeia” também anônima diz estar esperando para ver o quanto a China vai contribuir ao FMI “e em que condições”. Antes de uma decisão, os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reúnem separadamente na cúpula.
Ao fundo, também no site do “NYT”, uma pesquisa Pew com 26,2 mil entrevistados em 21 países, inclusive EUA, China e Brasil, “pela primeira vez” traz a China sendo vista como “a maior potência econômica“, acima dos próprios EUA. “A tendência é especialmente forte na Europa”, diz a Associated Press.
A pesquisa destaca que caiu a aprovação às políticas do presidente Barack Obama no resto do mundo. E menciona, em especial, os “drones” (veículos aéreos não-tripulados) usados pelos militares americanos para realizar assassinatos em vários países.
O Banco Mundial alerta que a crise na zona do euro pode desacelerar ainda mais o crescimento global, com “crescimento mais modesto das economias que têm sido o motor da recuperação mundial, como China e Brasil”, segundo o “NYT”. Mais precisamente, diz a instituição, “os países em desenvolvimento devem se preparar para um longo período de volatilidade no mercado financeiro e de crescimento mais fraco”.
Ameaçada de perder o grau de investimento pela S&P, a “Índia corteja investimentos do Brasil“, principalmente em infraestrutura, informam “Times of India” e “Economic Times”, sobre a reunião dos ministros indiano e brasileiro de comércio, em Nova Délhi.