Mídia & entretenimento desaceleram no mundo. China e Brasil devem registrar o maior crescimento
12/06/12 09:34O “Financial Times” noticia o relatório anual da PwC para mídia e entretenimento, que proclama “o fim do início digital“. Agora “mídia e entretenimento se tornam mais centrais para as empresas e para a vida das pessoas, o que acontece sobretudo via tablets e smartphones”. O resultado é que o crescimento global do setor será contido nos próximos cinco anos, principalmente na Europa e nos EUA, devido à “relutância do consumidor em pagar por mídia digital a mesma coisa que paga por produtos físicos, como notíciário, livro e música”. Porém:
A China e o Brasil devem registrar o crescimento mais rápido, com mais de US$ 25 bilhões em gastos com mídia e entretenimento nos próximos cinco anos, com aumentos anuais de 12% e 10,6%, respectivamente.
O “China Daily” noticia hoje, do Rio, que as subsidiárias brasileiras de China Telecom e China Communications Services “juntaram as mãos para expandir operações no Brasil”, estabelecendo sede em São Paulo. O presidente da China Telecom Americas já havia adiantado o investimento em entrevista ao mesmo “CD“, duas semanas atrás.
O “CD” de hoje também entrevista o presidente da Câmara, Marco Maia, sob o título “China é bem-vinda para investir no Brasil“. Maia, que se encontrou com o primeiro-ministro Wen Jiabao, disse ter ouvido dele que o comércio bilateral deve ultrapassar US$ 100 bilhões neste anos. Defendeu uma taxa de crescimento anual de 20% a 25%, no comércio.
Também a Canon, que produz câmeras digitais, em uma “muito necessária boa notícia para a cena industrial do Brasil”, segundo o “FT”, anunciou que vai construir fábrica no país. A empresa japonesa argumenta que os emergentes “lideram” o crescimento no setor:
O Brasil, em particular, tem um grande mercado com expectiva de aumento da demanda, o que criou a necessidade premente de uma oferta estratégica do produto.
Também no “FT”, o levantamento da perspectiva global de emprego para o terceiro trimestre, divulgado hoje pela consultoria Manpower, indica desaceleração na criação de vagas. Mas os “empregadores de Índia, Taiwan e Brasil relataram os planos mais agressivos de contratação“.
Abrindo o dia, o site do “Wall Street Journal” anota que as “ações brasileiras começam em alta com dados mais positivos da China”, porém “continuam voláteis”.