Com a foto acima e o enunciado “O vendedor do Brasil”, a “Economist” perfila Eike Batista, destacando que, apostando em recursos naturais e infraestrutura, “fez o bastante para convencer os investidores a lhe darem tempo, mas cedo ou tarde o caixeiro-viajante terá de fazer a entrega”. A concorrente “Bloomberg BusinessWeek” e o “Wall Street Journal” acrescentam que a “GE aposta em magnata brasileiro”, ele que “busca selo de aprovação com a venda de parte da EBX” à gigante americana de tecnologia.

Além dos US$ 300 milhões no grupo de Eike, a General Electric, noticia a Dow Jones, anunciou ontem que vai investir US$ 246 milhões em seu novo centro de pesquisa e desenvolvimento, no Rio, para tecnologias ligadas ao pré-sal, biocombustíveis e logística.

Não é só a GE. Em entrevista ao “WSJ”, o presidente da Lenovo para as regiões Ásia Pacífico e América Latina, Milko van Duijl, relata que a gigante chinesa de computadores se volta ao Brasil, “conforme o tumulto global ameaça os lucros”. De Van Duijl:

O Brasil acaba de passar o Japão e é agora o terceiro mercado de computadores pessoais no mundo, atrás da China e dos EUA. E é claramente onde ainda somos pequenos, portanto há uma tremenda oportunidade. A Copa do Mundo vem aí em dois anos, também os Jogos Olímpicos, [com a mudança] de analógico para digital. Só em “smartTVs”, é um mercado de 80 milhões de unidades. E a penetração de PC é de 22%, quando nos mercados maduros é de 86%, portanto, é uma imensa oportunidade.

Por fim, o “New York Times” informa que o fundo de venture capital (capital semente) Sequoia Capital, voltado a startups de tecnologia, “planeja enviar um de seus sócios, David Velez, ao Brasil em julho, para chefiar escritório regional” a ser aberto em São Paulo. É “o mais recente bastião do Vale do Silício a entrar na economia de crescimento”.