Classificação de risco de nações ricas e pobres se estreita, reconhendo mudança sísmica nos mercados
21/05/12 09:58No “Financial Times”, “Classificação de risco de ricos e pobres se estreita”, segundo o jornal, realizando “o reconhecimento formal de uma mudança sísmica nos mercados financeiros“. Após anos sendo classificados como “lixo”, fora do grau de investimento, enquando os desenvolvidos recebiam “notas altas”, os emergentes se aproximam agora que a crise financeira “fez em pedaços as noções do que constitui bens seguros e de risco”:
A Moody’s está com perspectiva negativa ou revisando 29 países para rebaixamento, metade deles países desenvolvidos, inclusiva EUA, Reino Unido, Espanha, França e Itália. Por outro lado, 12 países, a maioria dos quais são mercados emergentes, como Brasil, China, Peru e Turquia, podem estar na fila para elevações.
O “China Daily” noticiou a cúpula do G8 nos EUA, dos países desenvolvidos, destacando que o presidente russo Vladimir Putin não foi e que emergentes “como China, Índia, Brasil e outros estão representando papel cada vez mais importante na arena internacional”. Assim, “por exemplo, o maior fórum para lidar com desafios econômicos globais mudou do G8 para o G20 anos atrás”. Bruce Jones, do think tank Brookings, de Washington, diz em entrevista à Xinhua que o G8 é hoje um mecanismo “estranho”, “datado” e que “será difícil para o G8 calcular qual é sua relevância nos próximos anos“.
O “CD” já havia anotado, em artigo de Wang Yusheng, do think tank Centro de Pesquisa Estratégica da China, que a ausência da Rússia no G8 estaria ligada à oposição ao escudo antimísseis da Otan, na Europa. E um ex-secretário de Estado já propõe convidar a Rússia para a organização militar liderada pelos EUA, para “reiniciar” as relações.
O líbanês “Daily Star” publica com foto a visita a Beirute do ministro da Defesa, Celso Amorim, para marcar os primeiros seis meses do comando brasileiro da Força-Tarefa Marítima da ONU no Líbano, primeiro com a fragata União, a partir de agora com a Liberal. Ontem, disse que, “conforme o Brasil aumenta sua presença na cena mundial, estamos aceitando novos desafios”. Hoje, Amorim se encontra com o presidente, o primeiro-ministro e o presidente da assembleia do Líbano, mais os ministros da defesa e do exterior. Além da força-tarefa da ONU, as reuniões devem focar “negociações da indústria de defesa”.
No “Wall Street Journal”, coluna de mercado sugere que a “Embraer, do Brasil, pode voar alto“. Descrita como “a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, atrás da Boeing e da Airbus”, dado seu potencial de crescimento pode ter “salto de 30% a 40% no atual preço das ações em dois a três anos”.
Por outro lado, segundo relatório da consultoria Accenture, “dois terços das grandes indústrias americanas realocaram fábricas nos últimos dois anos, sendo o destino mais popular os próprios EUA”. Em muitos casos, “como na GE”, a mudança é feita com a expansão de fábricas já existentes nos EUA. E “a China permanece o maior destino para novas fábricas americanas, seguida por EUA, Índia, Brasil e México”.
Ao fundo, Albert Fishlow, da Universidade Columbia, defende na “Foreign Policy” o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, das críticas feitas por Ruchir Sharma, do banco Morgan Stanley, na “Foreign Affairs“. No enunciado, “Só porque as taxas de crescimento está se desacelerando não quer dizer que os catastrofistas estão certos”. Mas avisa que o Brasil precisa seguir avançando, agora para maiores taxas de investimento.