Brasil é bom investimento, aumento da classe média é para valer, mas produtividade precisa crescer
17/05/12 12:17Com Gisele Bündchen na capa, em anúncio do Banco do Brasil, mais publicidade interna do Santander e da Brazil Foundation, o “Financial Times” publica hoje mais um caderno especial sobre o país, com chamada de primeira página e quatro páginas, “Investindo no Brasil“.
A reportagem principal, com o enunciado “É preciso uma faísca para a economia pegar”, destaca que, “embora a velocidade do crescimento tenha diminuído, o país ainda é um bom investimento, mas a estabilidade requer reforma de longo prazo”.
O ex-presidente do Banco Central, hoje no JP Morgan, Armínio Fraga, diz que “enquanto o Brasil está crescendo mais de 4% na média, o que é bom, a metade de baixo de nossa população está crescendo mais rápido, portanto, a história sobre a base de consumo é para valer”. Já o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informando que a produtividade brasileira vem crescendo só 1,8%/1,9% ao ano, avisa que “só existe uma maneira de combinar estabilidade de preço, lucros maiores e salários maiores: ganhos maiores e sustentáveis de produtividade”.
Ao fundo, “Wall Street Journal”, “Bloomberg BusinessWeek” e Reuters noticiam hoje que as vendas no varejo se mostrarm “resistentes” em março, superando as estimativas dos analistas. Anualizado, o dado mostra que o comércio “cresceu no ritmo mais rápido em dois anos“. Em outras palavras, “Crescimento das vendas em março sustenta recuperação do Brasil“.
Por outro lado, o “New York Times” publica a reportagem “Líder do Brasil está diante de decisão definidora [de sua presidência] sobre projeto que relaxa a proteção de florestas”. Relata a pressão tanto de ambientalistas, como Marina Silva, quanto de ruralistas, como Kátia Abreu, em torno do novo Código Florestal, às vésperas da Rio+20.