BC vê juros em ciclos baixos e mais crescimento no segundo semestre. Fundos mantêm aposta nos Brics
14/05/12 10:08No “Wall Street Journal”, “Banco Central do Brasil vê ciclos da taxa de juros mais baixos”. Os ciclos “sempre vão existir”, mas uma alta “começaria de nível muito mais baixo“, segundo o presidente do BC, Alexandre Tombini, explicando que a queda vem ocorrendo “por causa de uma combinação muito específica de fatos internos”, não por pressão da presidente Dilma Rousseff. Ele prevê maior crescimento no Brasil no segundo semestre.
No “WSJ” e no “Financial Times”, respectivamente, os fundos de investimento Warburg Pincus e JO Hambro reafirmam suas apostas nos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), mesmo diante da desaceleração no ritmo de crescimento, justificando que “suas autoridades se movendo para estimular” a economia, que eles têm “ampla base de consumo doméstico” e oferecem perspectivas para “investimentos de prazo mais longo“.
Também no “FT”, o americano Robert Zoellick, que deixa o Banco Mundial no final do mês, diz em entrevista que “EUA e Europa precisam aprender com o resto do mundo”. Ao sair, “a questão que mais me preocupa é o fracasso das economias desenvolvidas em aprender algumas das lições que estamos trabalhando com os países em desenvolvimento”. Enquanto estes anseiam por investimento privado em infraestrutura e “para investir em inovação“, nos EUA, “supostamente o coração do capitalismo, muitos Estados não fazem o que as pessoas fazem na China”. Para ele, “a questão mais importante para os EUA, hoje, é resolver seu problema orçamentário de uma forma que apoie a agenda de inovação”.
No “New York Times”, a GM anuncia que sua fábrica em construção em Joinville, no Brasil, para entrar em operação no final do ano, espera obter o certificado de Liderança em Energia e Ambiente (LEED) do Conselho de Construção Verde dos EUA, na “corrida das montadoras para demonstrar liderança em questões ambientais”, o que virou “marketing de ouro”.
Na direção contrária, o site do “NYT” promove um debate on-line sobre a questão “Os Brics perderam seu momento?“. Entre outros, posta um texto de Carlos Pio, da Universidade de Brasília, dizendo que a “influência do Brasil é nominal na melhor das hipóteses” e “Rússia e Índia podem também não ser tão significativas”.
O mesmo “NYT”, em texto do ex-correspondente Larry Rohter, hoje cobrindo cultura, noticia que “Ex-líder do Brasil é homenageado como scholar”, sobre a concessão do prêmio John Kluge Prize, da Biblioteca do Congresso americano, a Fernando Henrique Cardoso, pela “conquista intelectual em humanidades e ciências sociais”.