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Fundos soberanos e até bancos americanos tiram dólar do caminho e apostam nos emergentes

Por Nelson de Sá
08/05/12 09:31

O editor de Money & Investing do “Wall Street Journal” entrevista Eike Batista sobre o “audaciosamente ambicioso” megaporto de Açu, “para exportar para a China”, e destaca que o fundo soberano de Abu Dhabi investiu US$ 2 bilhões. Ou seja:

Um empreendedor brasileiro cria um porto gigantesco para atender à demanda por commodities da China e recebe apoio financeiro de um fundo do Oriente Médio. Nota alguma coisa faltando? Nenhuma dessas transações envolve o Ocidente. Conforme os EUA e a Europa se debatem sob o peso de suas crises, o centro de gravidade do mundo do investimento está lentamente se transferindo para os mercados em desenvolvimento. Famintos pelas oportunidades de crescimento de seus tradicionais terrenos ocidentais de caça, os fundos soberanos, as empresas e os investidores baseados em economias emergentes estão passando  ao largo dos países desenvolvidos para colocarem seu dinheiro nos mercados em desenvolvimento. Se essa migração de capital para o Sul e o Leste continuar, a implicação para as economias ocidentais, seus mercados e, possivelmente, para o papel do dólar como moeda de reserva global será profunda. Muita tinta se gastou sobre os fluxos de comércio Sul-Sul ligando países como Brasil e China. Agora há sinais de que os fluxos de investimento também estão indo naquela direção. 

Diz que “mesmo gerentes de fundos ocidentais estão sendo pressionados por clientes de mercados emergentes a encontrar alvos de investimento nessas áreas do mundo”. Como motivo, destaca “experiências ruins, como as grandes perdas dos fundos soberanos em suas participações nos bancos americanos durante a crise”, mas também “tendências mais profundas”, como a resistência “geopolítica” dos governos ocidentais aos investimentos feitos pelos fundos soberanos dos emergentes, citando o chinês CIC. 

O “WSJ” também publica longa reportagem, com gráfico mostrando a evolução da moeda brasileira diante da mexicana, sobre os “parceiramentos inusitados” no mercado cambial global. Segundo analistas e corretores, “um pequeno mas crescente número de investidores está comercializando moedas de mercados emergentes umas contra as outras“, buscando lucros nas diferenças. Lista operações dos maiores bancos americanos. Além do salto dos emergentes “ao longo da última década”, o jornal dá outro motivo:

O dólar se tornou mais volátil. A crise de dívida soberana da Europa escorou o papel do dólar como moeda de porto seguro, mas ao mesmo tempo o dólar tem se mostrado propenso a fortes vendas toda vez que surge conversa de mais estímulo econômico do banco central americano. Essas medidas tendem a enfraquecer o dólar.

Segundo executivo do JP Morgan, “a gênese dessas operações é o elemento ‘tire o dólar'”. Para estrategista do Barclays, “as pessoas estão dispostas a romper os limites quanto ao tipo de parceiramento que vão fazer”. Por fim, “não tenho dúvida de que esses parceiramentos vão ganhar popularidade”, diz um executivo do Citigroup.

Ao fundo, na submanchete do “Financial Times”, o Irã está realizando vendas de petróleo para a China na moeda chinesa, o renminbi ou yuan. Também já vende petróleo para a Índia na moeda indiana, a rupia. Com a crescente pressão americana sobre os bancos de China e Índia, as operações vêm sendo realizadas através de bancos da Rússia.

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