"New York Times", start up
03/05/12 12:01No final da semana passada, publiquei um balanço sobre do simpósio anual do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas, que reuniu executivos de empresas de tecnologia como Google e LinkedIn e de jornais como “New York Times” e “Wall Street Journal”, com a conclusão de que “o modelo de empreendedorismo e inovação das start ups (empresas iniciantes) começa a ser incorporado pelas organizações tradicionais de jornalismo, como resposta à disrupção por que passa o setor”.
No dia seguinte, o recém-criado NYT R&D Ventures lançou seu primeiro produto comercial “e é para anunciantes”, informa a Ad Age. É o Ricochet, “que ajuda os anunciantes a guiarem consumidores para textos relevantes acompanhados por anúncios da marca”.
O NYT R&D Ventures é o irmão comercial do NYT R&D Lab, que já havia criado outro produto, News.me, e repassado à incubadora Betaworks para a comercialização. Com o R&D Ventures, o “NYT” dá um passo maior para assimilar a cultura start up e abrir uma nova alternativa de receita.
Na conferência Digital Media Europe da WAN-IFRA, dias antes em Londres, o publisher do jornal, Arthur Sulzberger, já havia proclamado:
Erguer uma mentalidade R&D [pesquisa e desenvolvimento] é crítica para o que fazemos _sabendo que temos que abraçar riscos e aceitar que podemos fracassar.
No evento, ele também comemorou os 454 mil assinantes digitais alcançados em um ano de “paywall”, não só pela nova fonte de receita, mas pelos “incríveis” dados sobre hábitos de audiência, informa o Editors Weblog. Relatou que pela manhã os leitores passam os olhos pelas manchetes, seja em papel, tablet, smartphone ou internet; durante o dia, checam internet ou smartphone; e à noite voltam para as edições em papel ou tablet. Em suma, “tendem a acessam o jornal através de múltiplas plataformas, com diferentes motivações, e o desafio agora é achar maneiras melhores de entregar conteúdo mais efetivamente através de todas”.
As quatro áreas prioritárias para investimento do “NYT”, diz Sulzberger, são aparelhos móveis, mídia social, video e alcance global:
Estamos particularmente focados em países com economias em crescimento.