O site do Pentágono noticiou a reunião do secretário Leon Panetta com o ministro Celso Amorim dizendo ser o primeiro Diálogo de Cooperação de Defesa EUA-Brasil, “iniciativa estabelecida pelo presidente Barack Obama e pela presidente Dilma Rousseff”. Panetta e Amorim ressaltaram que vão “focar em categorias prioritárias”, pela ordem, segundo o Pentágono, “segurança cibernética, ciência, inovação e transferência de tecnologia; logística; comunicações; assistência humanitária e resposta a desastres, e cooperação em apoio a nações da África”.

No “New York Times”, “Panetta pressiona Brasil a comprar caças da Boeing“, em “apelo inusualmente direto” que “reflete a nova atenção do Pentágono com o Brasil após encontro da presidente Dilma Rousseff com o presidente Obama na Casa Branca”. Nos destaques da Associated Press, ele disse que “o Brasil é uma potência global emergente” e defendeu que  o país “se envolva mais nos esforços de segurança na África e no mundo”.

Mas o que ecoou, mundo afora, Washington inclusive, foi que “Panetta revela novo caso de prostituição”, no site Politico. Na estatal Voice of America, “Panetta é questionado sobre outra controvérsia de prostituição”, agora três fuzileiros navais e um diplomata americano que em dezembro, após discusão sobre pagamento com duas prostitutas em Brasília, empurraram uma delas para fora do carro.

No dizer da VOA, “muito da atenção foi desviada” de temas como a segurança cibernética “quando os repórteres brasileiros confrontaram Panetta com perguntas” sobre o novo escândalo. Mais por Huffington Post, com AP, “Daily Mail“, a iraniana PressTV e o “China Daily“.

O “Wall Street Journal” publicou que, como parte do Diálogo Econômico-Financeiro entre Brasil e EUA, o Itamaraty e o Departamento do Tesouro se reuniram para “ampliar a cooperação no financiamento de infraestrutura“, inclusive “maneiras para os investidores americanos contribuírem para a forte demanda brasileira” na área, citando o PAC 2.