Brasil! Milagre ou miragem?
25/04/12 12:29No “Wall Street Journal”, “Brasil projeta crescimento médio de 4,7% entre 2011 a 2014″, no relatório da Fazenda sobre as perspectivas para 2012.
“WSJ” e “Financial Times” noticiam também que a abertura de capital do banco BTG Pactual chegou perto de US$ 2 bilhões. A procurar por ações “sobrepujou” a oferta, com a “forte demanda” vindo, em cerca de 70%, de investidores externos.
Com foto de um cartaz de boas-vindas em Brasília, o “New York Times” reporta que os Jogos de Londres “jogam contra a tendência inquestionável” dos grandes eventos esportivos de “gravitar na direção das potências emergentes”. O Brasil, “num salto duplo sem precedentes, vai encenar a Copa de 2014 e depois os Jogos de 2016″. Diz Ricardo Leyser, do Ministério do Esporte:
Há dois pontos importantes. O primeiro é que agora esses países emergentes não temem se candidatar. O segundo é a ligação entre o desenvolvimento da economia e do esporte. No Brasil, por exemplo, agora temos provavelmente dez vezes mais dinheiro para os esportes do que há vinte anos. É uma grande mudança. As atividades estão crescendo de modo espantoso, e eu penso que é consequência do desenvolvimento econômico.
Por outro lado, sob o título “Brasil! Milagre ou miragem?”, Marcos Troyjo, ex-executivo do Brasilinvest, ex-professor da Faap e hoje diretor do BRICLab na Universidade Columbia, questiona o “hype” em torno do país nos últimos anos, o que chama de “Brazilmania“. Diz que sua ascensão “não é miragem”, mas também não é “milagre”. Cobra reduzir “o pesadelo dos impostos” e as “regras trabalhistas paroquiais”.
“China Daily” e “WSJ”, este em vídeo, repercutem a pressão dos Brics por maior poder no FMI. O “CD” ouve de Guo Tianyong, da Universidade Central de Finanças e Economia, que a decisão de adiar o anúncio de novo aporte ao fundo “expressa seu descontentamento” com a falta de reforma nas instituições internacionais. “China e outros emergentes não vão desistir facilmente.” Domenico Lombardi, do think tank americano Brookings, diz que o atraso decidido por China, Rússia, Índia e Brasil “fortalece sua posição de negociação na rodada sobre cotas”.