Brasil, onde petróleo e mulheres se misturam poderosamente
11/04/12 10:05Com o título e a foto acima, mais a legenda “Maria das Graças Foster, chefe da Petrobras, com um retrato de Dilma Rousseff, presidente do Brasil, por perto”, o “New York Times” publica um longo perfil da nova presidente da estatal. Abrindo o texto, do Rio:
A indústria mundial de petróleo tem sido há muito um bastião dominado por homens, representado na imaginação popular por xeques de verdade do golfo e por afetados ficcionais como J.R. Ewing em “Dallas”. Mas uma exceção à regra surgiu no Brasil, a potência de petróleo em ascensão, onde as mulheres agora ocupam as posições de maior poder no setor em boom. Em questão de semanas, Maria das Graças Foster, uma experiente engenheira química, foi elevada ao primeiro posto na Petrobras e Magda Chambriard foi indicada para comandar a Agência Nacional de Petróleo. Colocar mulheres em posições de comando é prioridade da presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a liderar o Brasil. Ms. Rousseff é uma ex-ministra da energia que chefiou o conselho da Petrobras por sete anos durante o governo de seu antecessor, Luiz Inacio Lula da Silva.
Ainda ecoando a visita de Dilma aos EUA, a “Time” escreve “Por que os dois gigantes hemisféricos deveriam se levar mais a sério“. Ouve, do diretor do think tank Americas Society, que os EUA ainda se apegam a uma visão da era da Doutrina Monroe, de que o Brasil “deveria compartilhar nossos valores passo a passo”. E o Brasil “precisa reconhecer que há razões de realpolitik para os EUA parecerem ter mais respeito por China, Rússia e Índia”.
Em post sobre o acordo envolvendo cachaça brasileira e uísque americano, o correspondente do “Financial Times”, Joe Leahy, escreve que “os EUA precisam dar mais atenção ao Brasil, enquanto o Brasil precisa projetar uma imagem mais consistente de seus valores”. Diz que “o século 21 pode ser o século da Ásia, mas também poderia ser o século das Américas, se ao menos essas duas grandes potências se organizassem direito”.
Por outro lado, o mesmo “FT” noticiou que cresceram as exportações de etanol do Brasil aos EUA, “efeito das regras ambientais que favorecem o combustível produzido de cana no Brasil sobre o de milho nos EUA”. A agência de energia dos EUA deve decidir este ano se eleva a proporção de etanol de cana exigida para o combustível vendido no país, o que elevaria ainda mais a importação. Segundo o “WSJ”, a previsão brasileira para a safra de cana 2012/2013 deve mostrar “recuperação moderada” em relação à anterior, “desapontadora”.
Em entrevista ao “Wall Street Journal”, o novo presidente da “gigante esportiva” nova-iorquina IMG, Michael Dolan, ex-presidente da agência Young & Rubicam, prioriza “expandir seus esforços para criar ligas, eventos e locais na China, Brasil e Índia”. Sobre o Brasil:
Com os Jogos e a Copa chegando lá, o Rio será o epicentro do mundo dos esportes nos próximos anos, então, temos um acordo com a EBX, uma das mais poderosas empresas do país, para investir em esportes. Você poderá ter golfe, tênis, vôlei, futebol, surfe.