"Ms. Rousseff goes to Washington"
09/04/12 10:12O “Wall Street Journal” noticia a viagem de Dilma Rousseff aos EUA com a reportagem “EUA buscam um aliado no Brasil” depois dos atritos com Lula. Mas “persiste o potencial para momentos de tensão”, com possíveis críticas à política monetária americana.
Já o “Financial Times” publica, no editorial “Ms. Rousseff vai a Washington”, que “as relações entre as duas maiores economias do hemistério americano são as melhores em muito tempo”. Ela quer que Obama “faça o que fez para a Índia e abrace as aspirações do Brasil de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança“. Para o jornal, “Mr. Obama seria sábio de prosseguir nessa veia” e o custo político do apoio, junto a vários críticos, seria algo que “vale a pena pagar, pelo sinal maior que daria” _de que os EUA ainda apoiam a reforma na governança global, apesar da indicação de mais um americano ao Banco Mundial.
Também em editorial, intitulado “O novo Brasil”, o “Miami Herald” diz que os líderes de EUA e Brasil devem”cimentar relação mais forte”. Anota que, “para o Sul da Flórida, nada importa mais [no diálogo entre ambos] do que o esforço do governo Obama de facilitar o processo de visto para turistas brasileiros“. Encerra criticando o antiamericanismo de Lula, que inviabilizou a associação de livre comércio com os EUA (Alca), e dizendo que “o futuro do Brasil está com as democracias ocidentais, não com ditaduras como Irã, Cuba _e China, aliás”.
Artigo de Moises Naim, ex-ministro venezuelano do comércio, hoje no think tank americano Carnegie, defende no “FT” um acordo comercial EUA-Brasil, mas anota que mais uma vez “nada importante vai acontecer” na visita, parte de “uma história de oportunidades perdidas”.
Sob o título “Um deficit de respeito entre EUA e Brasil”, Peter Hakim, do think tank Inter-American Dialogue, de Washington, vai pela mesma linha no “Los Angeles Times”, mas com maior esperança de que a visita “prepare o palco para acordos econômicos significativos entre as duas nações que há muito negligenciam a necessidade de uma relação robusta”.
Com enunciado quase igual ao do editorial do “FT”, “Rousseff vai a Washington”, trocadilho com o filme “Mr. Smith Goes to Washington”, a “Time” diz que os países tentam superar diferenças, mas “a verdade é que os EUA ainda estão tentando compreender se o Brasil é um aliado ou um rival“. E a revista “Economist” registra interesses e diferenças, destacando:
O Brasil provavelmente nunca foi tão importante para os EUA quanto agora. Os EUA provavelmente nunca foram tão pouco importantes para o Brasil.
O “Politico”, influente em Washington, traz artigo dos presidentes dos lobbies Câmara de Comércio dos EUA e Conselho de Negócios Brasil-EUA, cobrando que “chegou a hora de uma parceira mais ousada”, cujo “enorme potencial está claro para a comunidade empresarial”.
O “Politico” traz ainda artigo dos diretores do lobby Americans for Tax Reform, dizendo que a Califórnia não é mais a oitava economia do mundo, ultrapassada pelo Brasil, e cobrando que os democratas Obama e Jerry Brown, o governador californiano, tirem restrições à exploração de petróleo _em vez de importar do pré-sal brasileiro. O tema é o que mais movimenta Washington, com o concorrente do “Politico”, “The Hill”, noticiando que a “parceria energética” no pré-sal é prioridade no encontro de Obama e Dilma.
Ao fundo, o “Boston Globe” noticia que o governador de Massachusetts, o democrata Deval Patrick, se prepara para receber Dilma, que vai assinar acordos com as universidades locais MIT e Harvard. Patrick registrou outros acordos em pesquisa agrícola, da University of Massachusetts-Amherst com a Embrapa, e tecnológica, da UFRJ com a EMC Corp.
A “qualidade” dos articulistas desses jornais mencionado já diz muito sobre a “qualidade” das suas opiniões e quais interesses defendem. Vejamos, por exemplo, o curriculo do Sr. Moisés Naim:
1) Foi ministro de Industria e Comercio da Venezuela na época em que ocorreu o “Caracazo”, em 1989, a revolta popular que fez mais de 3000 mortos no país pela repressão policial. A revolta se deu devido a aplicação de um duro plano de “ajuste econômico” ditado pelo FMI ao país e no qual o Sr. Naim teve um papel central.
2) Com o fim de sua vida política na Venezuela, foi obter abrigo nos EUA, claro (os EUA sempre dão abrigo aos seus perfeitos lacaios depois destes terem cumprido as missões a eles assignadas nos outros países), e lá instituições reacionarias como o NED e o “Fundo Carnegie para a Paz Mundial” lhe abriram as portas. Tais instituições são braços ideológicos e financeiros dos EUA implicadas em aplicar golpes e armar conspirações contra governos nacionalistas de outros países. No “Fundo Carnegie para a Paz Mundial” o Sr. Naim foi “diretor de projetos de reforma econômica” e “diretor para a América Latina”. Ja conhecemos a qualidade do Sr. Naim para aplicar reformas economicas desde os estragos que fez na economia venezuelana em 1989 (e que desembocou no “Caracazo”). Sabemos dessa época também, quais são as políticas para a América Latina das quais ele é partidario: as políticas do FMI. O Sr. Naim também foi, e ainda continua sendo, membro da Câmara de Diretores do NED (National Endowment for Democracy), uma instituição gringa que se dedica a financiar conspirações e golpes contra governos democraticamente eleitos em outros países que não servem aos insteresses dos EUA. As verbas do NED são assignadas por país e são sempre maiores naqueles países cujos recursos naturais são estratégicos para os EUA e cujos governos, embora perfeitamente democraticos, não servem os interesses dos EUA, como é o caso da Venezuela atualmente. Outros governos que são realmente ditaduras tem verbas infimas do NED ou inclusive nem sofrem a ação desse organismo, seja porque são muito pobres em recursos estratégicos, seja porque seus governos locais são perfeitos vassalos do interesses dos EUA.
3) O Sr. Naim também recebeu convites de diversas publicações reacionarias ao redor do mundo, seja como editor, seja como colunista. Assim, foi editor chefe da revista Foreign Policy de 1996 a 2010 e colunista de publicações de direita e perfeitamente sintonizadas com os interesses dos EUA como o jornal espanhol El País, o italiano L’Espresso, o francês Le Monde, o alemão Berliner Zeitung e os estadounidenses The New York Times, The Washington Post, Newsweek, TIME, além de, como vimos neste artigo, ser também colunista do hiper-reacionario “Financial Times”.
É sempre assim, aos “bons meninos” da burguesia e do capital internacional, aos perfeitos vassalos e lacaios dos interesses dos EUA, sempre se lhe abrem muitas portas em publicações de “renome” para publicar suas asneiras e por aí eles constroem suas “carreiras” e sua visibilidade. O Sr. Naim é um caso claro disso e podemos então ver claramente a partir daí como se monta a sua opinião sobre a relação Brasil-EUA.
Po, esse Naim deve ser uma porcaria, mas esse texto parece ter saido de algum manifesto do PCdoB.
Esse negocio de chamar norte-americano de “estadunidense” é bem coisa da extrema-esquerda pra marcar posição. Que coisa mais ridicula isso.
O brasil, só perdeu com o esquerdismo prólixo da ultima década, culpa do petismo.
Perdeu? Vc vive onde, em Marte? lol
Perdeu o que? Se perdeu alguma coisa, foi uma perda completamente irrelevante.
O Brasil…nada mais e…e sempre sera para os EUA uma simples republiqueta…dessas como as caribenhas…melhor dizer a 8º piada do mundo…
O verdadeiro espírito do vira latas. Cada vez mais minoritários, graças a Deus.
E acredito que vc adore isso, nao?
Mr Robert, parece que vc vê o Brasil dosEUA. Procure se informar melhor, pelos menos nas competições internacionais de matemática entre jovens não estamos tão mal assim como vc pensa.
Agora, país de tolos é os EUA, que mandam jovens para guerras sem qualquer sentido e o povo fica quieto.
Não podemos cair num ufanismo barato de achar que o Brasil já está em pé de igualdade com os EUA só porque somos a 8ª maravilha do mundo econômico. Ainda temos que melhorar muito principalmente no que diz respeito à educação, que é simplismente de dar vergonha…aproveitando, gostaria de sugerir à folha on line que fizesse sempre uma correção de texto, tem aparecido com muita frequêcia erros de digitação e de ordens ainda mais graves…prestem atenção.
Prezado Sr Rufino,
Pode começar a corrigir o seu próprio texto …
Não se escreve SIMPLISMENTE mas SIMPLESMENTE.
Evidentemente que os EUA hoje precisam mais do Brasil do que o Brasil dos EUA. Contudo, há muitos setores da economia que podemos melhorar nosso aldo em relação a maior economia mundial. Não nos devemos ater exclusivamente em suco de laranja e minério. Há outros campos tambem promissores. Em contrapartida há interesse, já declarado pelos norte americanos, em investir no Brasil em 2014 e 2016, Copa do Mundo e Olimpíadas respectivamente em diversos setores.
A vaga permanente no conselho de segurança da ONU nunca esteve tão proxima, apesar de já almejada há muito tempo.
O Brasil tem o alimento necessário para os americanos, sem dúvidas.
Além do item agregado de exportações em vários seguimentos necessarios ao EEUU.
é pratico e visivel.
Quando faltar alimento?
Escrevam não demora.
Francisco uma vida de experiências.
este jornal informa q dilma quer incentivar o aumento de patentes no brasil
sra dilma nao coloque a carroça na frente dos bois!!
que tal priorizar o ensino fundamental de matematica e letras onde invariavelmente o brasil aparece na rabeira do planeta, para depois pensar em gerar cientistas e patentes?
brasil 1 país de tolos
povo manso é povo otario
Robert… ROBERT ???