Brics já estão finalizando acordo de exportação e importação em moedas locais
27/03/12 10:10No “Wall Street Journal”, “os bancos de exportação e importação dos Brics estão em estágios avançados para a conclusão do acordo de expansão do crédito em moedas locais, disse o ministro de comércio e indústria da Índia, Anand Sharma”, em comunicado prévio à conferência de ministros de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Nova Délhi. Dele:
Há um grande potencial de crescimento não explorado de comércio e investimento intra-Brics que estão agora priorizando abrir. A iniciativa contribuiria para ampliar o comércio e o investimento intra-Brics e também facilitaria o crescimento num momento em que a economia global continua a claudicar.
O “China Daily” entrevista o embaixador na Índia, sob o título “China dá grande importância à cúpula dos Brics“, que começa amanhã em Nova Délhi. Zhang Yan descreve os países do grupo como “mantenedores e promotores dos interesses dos países em desenvolvimento”.
Também no jornal estatal, o presidente Hu Jintao disse ao colega sul-africano Jacob Zuma, em encontro preliminar na Coreia do Sul, que “ampliar a solidariedade e cooperação das grandes economias emergentes, que enfrentam desafios comuns, é a necessidade mais importante e urgente”. O “CD” cita, por exemplo, “protecionismo”.
Ao fundo, o “Financial Times” noticiou que o Rongsheng, maior estaleiro chinês, questionou as dúvidas sobre a segurança dos navios gigantes que vem fabricando para a brasileira Vale “e disse estar confiante que os cargueiros Valemax serão novamente permitidos nos portos do país“. Do diretor financeiro do Rongsheng, Sean Wang:
As instalações dos portos chineses são perfeitamente adequadas para receber essa classe de navios. Mas o governo tem de equilibrar interesses conflitantes, especialmente armadores chineses que não querem a permissão de operação do Valemax.
Em Cingapura, a Reuters ouve do diretor de marketing global, Cláudio Alves, que a Vale está “moderadamente otimista para os próximos anos” e avalia que “a China vai continuar a crescer“.
No “WSJ”, “Navio com açúcar brasileiro para o Irã é sequestrado“, no leste do Oceano Índico. Segundo o porta-voz da Otan, “piratas somalis são suspeitos do ataque”, ocorrido ontem. O navio, de bandeira boliviana, trazia tripulação de 23, de “nacionalidades desconhecidas”.
O jornal também destaca que o “Irã aumenta importações de trigo, inclusive dos EUA” e também do Brasil e da Índia. Dizendo que as “vendas não violam as sanções” impostas pelos próprios EUA, diz que as operações estão sendo feitas pelas americanas Bunge e Cargill.
“WSJ” e “FT” publicam que a Biomet, fabricante americana de produtos ortopédicos, aceitou pagar mais de US$ 22 milhões ao Departamento de Justiça dos EUA para encerrar uma ação por corrupção ativa “em países como o Brasil” _onde distribuiu “mais de US$ 1,1 milhão” entre 2000 e 2008, no que descrevia em relatórios como “incentivos científicos”. No total:
A Biomet e várias de suas subsidiárias gastaram mais de US$ 1,5 milhão em pagamentos indiretos de corrupção a funcionários de fornecedores estatais de serviços de saúde na Argentina, no Brasil e na China, para garantir negócios lucrativos com hospitais.