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Guerra cambial está no fim, depois de três anos, com a mudança da crise para os emergentes

Por Nelson de Sá
21/03/12 10:16

O “New York Times” reproduz análise de Mike Dolan, da Reuters, proclamando que o mundo chegou ao “ponto de mudança na guerra cambial”. Diz que a guerra de três anos, “como o Brasil batizou as políticas de desvalorização das nações desenvolvidas que buscam alívio de seus apertos internos de crédito”, pode estar no fim, diante da “desaceleração das economias em desenvolvimento” e da “pausa na impressão de moeda pelo Ocidente”.

Destaca que o êxito do Japão em desvalorizar o iene desequilibrou o quadro na Ásia e “puxou a China para a batalha”. Ou seja, “se você vê as guerras cambiais como a desvalorização em bloco das moedas do G7 contra os mercados emergentes, agora é hora de ficar preocupado com os segundos”, os emergentes e em especial a China _que tem agora ainda “menos estômago” para aceitar um yuan, sua moeda, valorizado.

Já o “China Daily” publica análise de Xiao Gang, dizendo que a “mudança da crise” para os emergentes torna “mais importante que tomem medidas para aliviar as pressões que emanam dos países ocidentais”. Diz que Pequim “já começou a transformar seu modelo de desenvolvimento” e “vai precisar se sustentar mais em seu mercado interno, que está sendo estimulado por maior renda, rápida urbanização e os esforços do governo para ampliar a seguridade social e a transformação tecnológica”.

Mas alerta para a necessidade de “monitoramento dos riscos sistêmicos”, pois os sistemas bancários dos emergentes, “fonte de estabilidade em meio à crise”, são essenciais para reagir com eficiência. Em suma, “a chamada ‘mudança da crise’ precisa e pode ser evitada“.

Por outro lado, também no “CD”, Tim Harcourt, economista da Universidade de New South Wales, na Austrália, diz que a desaceleração chinesa reflete um “reequilíbrio” global, mas destaca que, mesmo com menor crescimento chinês, países como Austrália e Brasil vão continuar a se beneficiar, “respondendo às demandas de construção das cidades médias e menores que estão florescendo na China ocidental e no interior do país”.

Mais importante, “técnicas agrícolas, serviços de agronegócio e práticas de administração de Austrália, Brasil e outros parceiros serão exportações importantes para o país, conforme a população chinesa amplia sua capacidade e o setor agrícola passa por mudança tecnológica”.

Na mesma direção, o “Financial Times” publica a reportagem “Austrália amplia sua previsão de exportação de minério de ferro” para a China, em contraposição à avaliação de um executivo da mineradora BHP Billiton, que falou em demanda chinesa fraca. Para o governo australiano, na verdade, a importação pela China deve crescer nos próximos cinco anos, com “demanda maior do minério de ferro da Austrália e do Brasil“.

Ao fundo, o “CD” entrevista o ministro assistente do exterior da China, Ma Zhaoxu, que confirma que o presidente Hu Jintao deve discutir, na cúpula dos Brics em Nova Délhi, na semana que vem, maneiras de criar um banco de desenvolvimento, além de “um mecanismo para maximizar as transações financeiras dentro do grupo“. Ma diz que a postura diante da crise na zona do euro e a sucessão no Banco Mundial também “devem ser levantadas nas discussões”.

Na “Foreign Policy”, revista de política externa do “Washington Post”, Eduardo J. Gómez, professor da Universidade Rutgers, escreve sobre o “Sonho europeu do Brasil”, dizendo “que Brasília vê a crise do euro como a oportunidade de uma vida“. A estratégia do país de ajudar o continente e ampliar sua influência é coordenada com os outros Brics.

Em artigo no “NYT”, os ministros do exterior de Suécia e Finlândia defendem que “a única opção no Irã” é a diplomacia e que um ataque seria “clara violação da carta da ONU”, além de ter efeitos negativos. Afirmam que “não há dúvida de que estaríamos em melhor situação se tivéssemos explorado mais a abertura diplomática feita pela Turquia e pelo Brasil em 2010”. 

No editorial “Mercantilismo na América Latina”, o “FT” critica o Brasil pela revisão do acordo automotivo com o México, “revitalizando velhos fantasmas protecionistas”. Admite que “as ameaças são reais”, pois o país está “no alvo de uma onda de dinheiro liberada pela política monetária agressiva no hemisfério norte“, porém as medidas de blindagem industrial não são eficientes para conter a “concorrência cambial de preços”. E o Brasil “tem responsabilidade especial em manter a integração latino-americana nos trilhos”.

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