EUA também quer reformas e melhor educação para "poder competir" com China e Brasil
16/03/12 09:43No “Financial Times”, o secretário americano do Tesouro, Tim Geithner, foi “inusitadamente sincero sobre os efeitos do crescimento de países como China e Brasil e sobre a necessidade de reformas estruturais e maior investimento educacional dos EUA para poder competir”. Dele:
Os desafios que enfrentamos hoje são mais difíceis em parte porque outras nações, China, México e Brasil, por exemplo, estão se tornando melhores em fazer suas economias de mercado crescerem e se desenvolverem. O sucesso deles pôs um bocado de pressão em amplas áreas da força de trabalho americana engajada em produzir as coisas que outros países estão se tornando melhores em fazer.
No “FT” e no “Wall Street Journal”, respectivamente, “Brasil e México encerram batalha sobre carros” e “México e Brasil arrumam diferença comercial sobre carros”.
“Comentaristas” mexicanos criticaram que o país “cedeu às demandas do Brasil”, mas o governo diz que “a primeira coisa que ganhamos é que não foi rompido o acordo”. O país, diz o “WSJ”, “precisa expandir sua base para além do mercado americano”. Já o Brasil, segundo analistas brasileiros, “eventualmente vai precisar considerar medidas para expansão de comércio”, para além do protecionismo.
“FT”, “WSJ” e a agência chinesa Xinhua, entre outras, noticiam o “novo vazamento” da Chevron no Brasil, que “suspendeu produção”. O “WSJ” destaca que o novo episódio “deve intensificar a reação política” à companhia de petróleo dos EUA.
Sob o título “Apetite emergente” e a ilustração acima, a “Economist” analisa o êxito na emissão de títulos de empresas brasileiras no exterior, como Petrobras. Diz que “o entusiasmo parece menos com bolha”, desta vez. Em suma, no subtítulo, “um boom de títulos de dívida que na verdade faz sentido”, em contraste com as perspectivas declinantes nos países desenvolvidos.
Na mesma direção, o “WSJ” noticia que as “ações brasileiras caem conforme os investidores mudam sua visão sobre corte da taxa”. Foi em reação ao Banco Central, que “sugeriu ter estabelecido um piso para a queda dos juros em cerca de 9%”.
“FT”, “WSJ” e agências noticiam que o FMI aprovou empréstimo à Grécia, de 28 bilhões de euros, sublinhando porém que o representante brasileiro, Paulo Nogueira Batista, “se absteve”. Ele argumenta que segue “profundamente preocupado com o programa grego”, desenvolvido por FMI e União Europeia, que pode levar à piora na “situação econômica, política e social da Grécia”. Representantes de outros países, embora votando a favor, expressaram “preocupação“.