Brasil 1, Reino Unido 0
07/03/12 10:33No britânico “Financial Times”, “Brasil se torna a sexta maior economia“. Abrindo o texto, “o Brasil passou o Reino Unido, apesar de o maior motor de crescimento da América Latina ter desacelerado” em 2011, “em meio à crescente evidência de desaceleração do mundo em desenvolvimento”, China, Índia e Rússia inclusive.
Tim Ohlenburg, do think tank Centre for Economics and Business Research, diz que a economia brasileira foi US$ 49,2 bilhões maior que a britânica em 2011:
É um movimento bastante natural. O Brasil tem uma grande população, amplos recursos naturais e uma forte indústria local. É simplesmente um país pronto para crescimento maior.
No tabloide britânico “Sun”, “Brasil 1, Grã-Bretanha 0”, mais frases como “eles nos passaram” e “especialistas dizem que isso marca uma grande mudança no poder do mundo, conforme as ‘nações emergentes’ decolam”. Do editor de negócios, Steve Hawkes:
O mundo está louco pelo Brasil. O Reino Unido? Estamos numa corrida para manter as luzes acesas. Estamos esperando por um plano de crescimento desde que a coalizão chegou ao poder. Como vamos competir com o mundo em tecnologia de internet, em educação, em engenharia nas próximas décadas?
Mais no “Guardian“, no “Telegraph” e na BBC.
Num segundo texto, o “FT” dá o custo das aposentadorias como um dos culpados por conter o PIB e saúda o avanço da reforma da Previdência, que pode ajudar a reduzir juros.
O americano “Wall Street Journal” destacou a queda no PIB, “Crescimento econômico do Brasil vacila”, ecoando China e Índia. Porém, “para que fique claro, o país deve se recuperar de sua parada do segundo semestre” de 2011, com aumento no preço das commodities, mais entrada de investimentos e medidas de incentivo ao crescimento. E “economistas agora acreditam que o Brasil pode cortar os juros mais do que o esperado 0,5 ponto percentual”, hoje.
Também o “China Daily” ressaltou que o crescimento do PIB ficou em 2,7%, “uma desaceleração significativa“, anotando porém que o consumo das famílias cresceu pelo oitavo ano.
No “New York Times”, “Pobreza extrema cai apesar da crise global, diz relatório” do Banco Mundial. Dados preliminares de 2010 indicam que “a maior recessão desde a Grande Depressão não alterou a tendência” observada de 2005 e 2008, quando “pela primeira vez” se constatou queda na proporção de pessoas em extrema pobreza “em todas as regiões em desenvolvimento”:
Isso foi devido ao forte crescimento em países como Brasil, Índia e especialmente China, que ajudaram a manter as economias na África e na América do Sul.
Ao fundo, no “FT”, “Esperança nas negociações com Irã seguram o preço do petróleo“. Mark Fitzpatrick, do think tank International Institute for Strategic Studies, diz que a proposta de troca de combustível, “negociada por Brasil e Turquia” em 2009, “estará na mesa novamente”.