Manoel Rangel e o favorecimento à Globo na TV paga
01/03/12 11:28De Julio Wiziack, sob o título “Globo tenta manter controle na TV paga”:
A nova lei de TV paga restringe a atuação de uma mesma empresa nos segmentos de distribuição e programação. O princípio, formulado para barrar o domínio do mercado, está sob risco agora, quando se trava uma disputa para sua implementação. As Organizações Globo tentam manter influência na Net -a distribuidora cujo controle passou para o mexicano Carlos Slim- e ao mesmo tempo credenciar-se como programadora independente.
Por um lado, “as Organizações Globo pressionam a Anatel para que adote regras mais flexíveis, baseadas na Lei das S.A., pela qual a presença da Globo na Net não configuraria ingerência no controle”. Por outro, “a Ancine decidiu adotar a Lei das S.A. na sua regulamentação” da programação. Em suma, a Anatel resiste, a Ancine não.
Manoel Rangel, presidente da Ancine, nega “favorecimento à Globo”.
Mais domínio de mercado. Da Record, sobre os direitos das Copas de 2018 e 2022:
A Record foi informada em 2010, após o término da Copa, pelo diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, de que haveria concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e a Fifa. É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido “fora do horário comercial”, sem ser à luz do dia e de forma transparente.
E da Globo:
Não há qualquer obrigação legal de uma entidade privada como a Fifa fazer concorrência. Aliás, há exemplos aqui mesmo no Brasil de aquisição de direitos privados sem disputa formal. A Fifa destacou que sua decisão foi o reconhecimento do valor da parceria bem-sucedida com a Globo. O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, destacou que somente a Globo garante uma penetração significativa no vasto território brasileiro.
A Record “irá à Justiça do Brasil e da Suíça para invalidar o acordo”.
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