Na sexta da semana passada, o MeioBit noticiou que a “Apple começa a vender na surdina” o iPhone produzido no Brasil pela Foxconn, informando que o consumidor Gabriel Huver havia recebido um. Anotou que, “custando os mesmos R$ 1.799 do iPhone 4 de 16GB, o preço do iPhone 4 ‘econômico’ de 8GB parece caro demais”.

Ecoou ainda na sexta-feira no exterior, por Apple Insider e Macrumors. E hoje está em toda parte, por aqui. Virgílio Augusto Fernandes Almeida, secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, comenta no IDG Now sobre o aparelho “caro demais”:

A decisão de preço é da empresa e o governo não tem nenhum controle sobre essas questões. Acredito que não chegaram ainda a um preço diferenciado pela falta de escala.

Ele espera que, com maior escala, o preço caia. E diz que a contrapartida da Foxconn para o acesso aos incentivos fiscais está sendo cumprida com a geração de mil empregos, na primeira fase, e o uso da cadeia produtiva nacional para os suprimentos.

Eike Batista anunciou há uma semana que a fábrica de telas da Foxconn, o grande objetivo do governo Dilma nas negociações com a empresa, será em Minas, que deixou São Paulo, Rio e Paraná para trás. E no final de semana o Radar acrescentou que seria em Funilândia.

O “Estado de Minas” foi até a cidade de 3,9 mil habitantes e destacou sua “infraestrutura precária”, com ruas sem pavimentação, duas agências bancárias e um posto de combustível:

A última notícia importante lá foi em 12 de outubro. Naquela manhã, um helicóptero com seis orientais atraiu os olhares ao descer no campo de futebol em frente à barbearia de Olinto Gonçalves, Lilico, como é conhecido. Trouxe uma comitiva da Foxconn, que pretende erguer um complexo tecnológico na região, para produzir telas e componentes para iPad. Escoltados pela Polícia Militar, entraram em carros com ar condicionado, passaram em frente à barbearia e seguiram até a vizinha Prudente de Morais. Por duas horas, observaram extensas terras vazias. Durante a visita, evitaram conversar com os nativos.

A Foxconn já tem hoje cinco fábricas no Brasil, informa o “Valor”: Manaus (AM), Santa Rita do Sapucaí (MG) e Jundiaí (SP). E a guerra fiscal aberta com a isenção de ICMS para tablets em São Paulo vai parar agora no Supremo.

Em meio à boataria sobre o iPad 3, o Micgadget confirma que está em desenvolvimento também um “iPad mini“, para “entrar nas nações em desenvolvimento como Brasil e China e competir com os tablets menores”. O lançamento seria no quarto trimestre, em tempo para o Natal.

A consultoria IDC Brasil divulgou que as vendas de tablets no Brasil, em 2011, devem chegar a 800 mil unidades, acima da projeção anterior de 500 mil, devido aos tablets com sistema Android, do Google, menores e mais baratos que o iPad. De Luciano Crippa, da IDC Brasil:

A entrada de tablets com preços a partir de R$ 300 aqueceu muito a demanda… Com o pedido de [600 mil] tablets feito pelo Ministério da Educação (MEC) para escolas, em 2012, podemos chegar a 2 milhões de unidades vendidas.